Cartas, carteiro e ralo entupido

Tenho dois sobrinhos, uma de 2 e um de 4 anos.

Gosto muito deles, e gosto de ler para eles, é talvez das brincadeiras e/ou atividades para crianças nesta fase da vida, a que eu mais gosto. Tanto por motivos de interesse próprio (leia-se preguiça de praticar atividades físicas), quanto por motivos de interesse deles (criar hábito de leitura, aumentar vocabulário, valorizar o silêncio, etc).

Pois bem, o menino ganhou de aniversário de uma tia minha um livro infantil com a temática de motos que vem com umas miniaturas, uma pistinha e tal. Bem divertido.

Uma das motos do livro é uma lambreta que é um carteiro, e quando eu estava lendo para ele este livro, puxei o assunto, perguntei se ele já tinha recebido ou enviado alguma carta para alguém. Naturalmente ele já tinha tido a experiência de escrever pro Papai Noel, mas me revelou que nunca havia recebido uma carta.

Fiquei com aquilo na cabeça, que oportunidade!

Não sou muito de me corresponder por cartas, fazia muito tempo que eu não pegava numa caneta para escrever algo para alguém, nem cartão de natal ou aniversário eu escrevo. E para uma criança então, que ainda não sabe ler, o que escrever?

Pensei no básico, contar sobre minha vida, meu cotidiano. Como está São Carlos, o que aconteceu de inusitado por estes tempos, como está a casa, a minha namorada, sei lá, essas coisas.

E recebi a dica de incluir umas figuras no meio, para deixar mais atrativo.

Durante o processo de escrever esta carta, acabei vendo que a coisa ia ficar muito complexa, longa e chata, mudei de estratégia e decidi escrever na linguagem que ele está mais habituado: a de livro infantil.

Fiz uma pequena introdução dizendo que eu ia dividir um fato inusitado da minha vida com ele e confeccionei um livrinho sobre este fato, entitulado "O ralo do nosso banheiro entupiu".

Abaixo seguem as fotos desta obra:

ralo

E o texto em markdown da versão 1.0.1 no github. Obrigado Pedro Markun pelo patch! :)